sexta-feira, 21 de setembro de 2012

FARMÁCIA VIVA - PARTE III

Para instalar o Horto Medicinal, seja no solo ou em vasos, deve-se escolher um local onde incida pelo menos cinco horas de sol por dia, durante o ano todo. O local deve ser bem drenado e protegido de ventos frios e fortes, para que as plantas cresçam com vigor. 
Mesmo em casas que têm pouca incidência de sol é possível plantar algumas ervas que se adaptam a locais pouco iluminados.  Deve haver disponibilidade de água de boa qualidade para regar as plantas.  O Horto Medicinal pode ser feito no sítio, no quintal ou no jardim.  Para apartamentos ou casas sem quintal a opção é plantar em recipientes, que podem ser de plástico, de cerâmica, de cimento, de bambu, ou no que estiver disponível.

ESCOLHA DAS ESPÉCIES
A princípio deve-se observar as espécies nativas, as que fazem parte da flora local.  É necessário se informar sobre as exigências climáticas de cada espécie para identificar as que se adaptam ao clima local. A maioria das espécies medicinais se adapta as condições de clima tropical e subtropical; algumas precisam de clima mais frio para produzir.  Espécies que têm capacidade de adaptação a diferentes condições climáticas: Alecrim, Alfavacão, Arruda, Bálsamo, Boldo, Capim cidreira, Dente de leão, Guaco, Hera terrestre, Hortelã, Levante, Malva, Manjericão, Melissa, Mil folhas Poejo, Sálvia, Tanchagem.
IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES
As plantas são conhecidas por nomes populares ou comuns e por um científico.  O nome comum é aquele dado pelas pessoas, variando de um local para outro, fazendo com que uma planta tenha um nome em cada região ou um mesmo nome para espécies diferentes, por isso, a identificação da planta somente pelo nome comum não é confiável.  A nomenclatura científica é confiável, uma vez que o nome científico é universal, é sempre o mesmo em qualquer parte do mundo.  Ao adquirir sementes ou mudas de plantas matriz, deve-se identificar corretamente a espécie medicinal.  Somente com a identificação correta pode-se ter certeza de estar utilizando uma planta com as propriedades medicinais desejadas.

PARACELSO

O PODER DE CURA


“Aquele que pode curar enfermidades é médico. Nem Imperadores, nem os Papas, nem os colégios, nem as escolas superiores podem criar médicos. Estas apenas podem conferir privilégios e fazer com que um indivíduo que não é médico, pareça que é.  Podem lhe dar permissão para tratar e até para matar, mas não podem lhe dar o poder de curar!  Não podem fazer um médico verdadeiro se não lhe for concedido este direito por Deus.  O verdadeiro médico não se jacta de sua habilidade, nem exalta sua medicina, nem procura monopolizar o direito de explorar o doente.   Sabe que a obra deve elogiar o autor e não o autor a sua obra.
Há um conhecimento que deriva do homem, e outro que deriva de Deus, por meio da Luz da Natureza.  Aquele que não nasceu para ser médico, nunca terá êxito.  O médico deve ser leal e caritativo.  Aquele que ama a si mesmo e ao seu próprio bolso, fará muito pouco bem pelos seus doentes.
A Medicina é muito mais uma arte do que uma ciência.  Conhecer experiências obtidas pelos outros é útil para o médico.  Porém, toda a ciência dos livros não pode fazer de um homem um médico, a menos que o seja por natureza.  Só Deus dá a sabedoria médica.”


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MANJERICÃO


MANJERICÃO (Ocimum sp. 3)
Parte utilizada: folhas  
Princípios ativos: timol, estragol, metil-chavicol, linalol, cânfora e taninos.
Propriedades: estimulante digestiva, antiespasmódica gástrica, galactagoga, béquica, anti-reumática, antisséptica, carminativa, tônica.
Indicações: estimula a lactação e tratamento de fissura dos mamilos; tônico nervoso, estafa mental, intelectual e nervosa; dores estomacais, má digestão, flatulência, cólicas intestinais, espasmos estomacais, problemas respiratórios, insônias, enxaquecas, dispepsias nervosas, algumas afecções renais, estimula a diurese, tônico do sistema nervoso central e do córtex da supra renal.

MALVA


MALVA (Pelergonium graveolens)


Parte utilizada: parte aérea
Princípios ativos: mucilagens (penoses, hexoses, ácido galacturônico); ácidos fenólicos (clorogênico, cafeico, cumarínico); antocianinas (malvina, malvidina); flavonóides, taninos, vitamina A, B1, B2, C, oxalato de cálcio, resinas, aminoácidos (lisina e leucina).

Propriedades: antiinflamatória, emoliente, demulcente, adstringente, béquica, laxativa, vulnerária, cicatrizante, lenitiva.
Precauções: recomenda-se fazer a extração das mucilagens a frio.
Interações: associada a camomila e tansagem para compressas na pele.
Indicações: tosse, calmante, inflamação da garganta e do ouvido, inflamações ovarianas, colo do útero, vaginites, cistite e nefrite.

FUMÁRIA


FUMÁRIA 
(Fumaria officinalis)
Parte utilizada: toda a planta  
Princípios ativos: alcalóides (fumarina); protopina e ácido fumárico, sais de potássio. 
Propriedades: diurética, estomáquica, laxante, depurativa, cardiotônica, a fumarina exerce uma ação anti-histamínica, antiasmática, antiinflamatória e inibe a liberação de serotonina, os flavonóides conferem uma ação espasmolítica, digestiva, colerética, colagoga e ligeiramente laxante, os sais de potássio possuem ação diurética, antiagregante plaquetário, cardiotônico e antiarrítmico.
Superdosagem: pode-se considerar um pouco tóxica, se for usado em tratamentos longos, pelo que não se deve abusar é recomendado um tratamento descontínuo devido a presença de alcalóides.   
Contra indicações: para indivíduos que sejam acometidos por Glaucoma, na gravidez e na lactância. 
Precauções: tratamento da hipertensão arterial, já que os alcalóides se comportam paradoxalmente de acordo com a dose administrada: adota ação hipotensora, em baixas doses e ação hipertensora, em altas doses.
Indicações: perturbações das vísceras abdominais, desintoxicação do fígado, pâncreas, purifica o organismo, obesidade, urticária, eczema, nas afecções hepatobiliares, disquinesias hepatobiliares, colecistites, colelitíases, enxaquecas originadas com uma disfunção hepatobiliar; na prevenção da arterioesclerose; na asma; como tratamento de fundo de dermatites: eczemas, ictioses e psoríase, depurativo no tratamento de fundo de dermatites.

FÁFIA


FÁFIA 
(Pfafia sp.)
Parte utilizada: raízes
Princípios ativos: vitaminas A, B, C, D, E, F, ácido pfáfico, fasfosídeos,  estigmasterol,  sitosterol, alantoína, sais minerais (fósforo,, cálcio e potássio), aminoácidos, mucilagens, saponinas, ecdisterona.
Propriedades: tônico para o organismo em geral, imunoestimulante, cicatrizante, antiinflamatório. 
Superdosagem: quando ingerida acima de 10 g, pode ocorrer agitação, nervosismo, ansiedade, hipertensão, erupções na pele, diarréia e insônia, utilizar de 3 a 12 meses fazendo o intervalo terapêutico.   
Efeitos colaterais: pode ocasionar insônia por excitação nervosa. 
Contra indicações: evitar excesso para hipertensos, para pessoas com transtorno de ansiedade. 
Precauções: não deve ser usado por pessoas hipertensas sem orientação terapêutica; pode ocorrer distorções nos resultados de análise para determinação de ferro sérico; na forma de pó deve ser dissolvida em água ou leite e tomada às refeições.   
Interações: não se recomenda sua utilização com medicamentos ou plantas que contenham sais de ferro. 
Indicações:  como auxiliar no tratamento de irregularidades circulatórias, estresse, anemia, diabetes, astenia.

ESTÉVIA


ESTÉVIA 
(Stevia rebaudiana)
Parte utilizada: folhas e hastes secas 
Princípios ativos: óleo essencial e glicosídeos diterpênicos (esteviosídeo, dulcosídeo, e esteviobiosídeo).  
Propriedades:  anticárie, tônico estimulante das funções cerebrais e para o organismo em geral. 
Efeitos colaterais: dificuldades de engravidar em mulheres que fazem uso contínuo. 
Contra indicações: para mulheres que estão querendo engravidar, por ser contraceptiva, evitar uso prolongado ou doses acima das recomendadas. 
Precauções: utilizar na dose recomendada.    
Interações: com as plantas que se quer adoçar o chá, colocar em partes iguais. 
Indicações: liberada como adoçante, auxiliar no tratamento de irregularidadescirculatórias, estresse, anemia, diabetes, astenia, fadiga, depressão, coadjuvante no tratamento da diabetes e obesidade, regulador da pressão arterial dos hipertensos, contraceptiva e cardiotônica

ESPINHEIRA-SANTA


ESPINHEIRA-SANTA 
(Maytenus ilicifolia)
Parte utilizada: folhas  
Princípios ativos: ácidos tânico e salicílico, terpenos (maitensina, maintomprina, maitambutina e maitolidina), flavonóides, mucilagens, açúcares livres, sais de ferro, enxofre, sódio e cálcio. 
Propriedades: tonificante, carminativa, cicatrizante, antiácido, antisséptico, antiinflamatório, levemente diurética e laxativa, anti-úlcera. 
Superdosagem: não há relatos, mas evitar o uso prolongado e doses acima da recomendada em mulheres em período de lactação pois reduz a produção do leite.  
Efeitos colaterais: redução da produção láctea em mulheres que amamentam.
Contra indicações: não administrar à crianças e mulheres que estão amamentando.
Precauções: são raros os casos de hipersensibilidade, mas ocorrendo, descontinuar o uso e procurar orientação terapeutica.   
Interações: associada à couve para o tratamento de úlceras gástricas e gastrite. 
Indicações: úlceras pépticas e gastrite crônica, gastralgias, dispepsias, intestinos atônicos e constipados, normalizador das funções gastrintestinais.  Tem certas hepatopatias que são causadas por problemas intestinais, a espinheira santa corrige o funcionamento dos intestinos, acalma as dores de estômago sem diminuir a sensibilidade do órgão mas estimulando ou corrigindo a função desviada.
Uso externo: acnes, alguns tipos de eczemas, feridas e ulcerações.

ERVA-DE-SANTA-MARIA


ERVA-DE-SANTA-MARIA 
(Chenopodium ambrosioides)
Parte utilizada: parte aérea – folhas e flores 
Princípios ativos: óleo essencial (ascariol (sementes), cineol, cimeno, salicilato de metila, cânfora, quenopodina, histamina, limoleno); ácidos bitírico e salicílico. 
Propriedades: estomáquica, diurética, vermífuga, sudorífica, cicatrizante, anti espasmódico, digestivo, tônico, emenagogo, abortiva, estimulante respiratória, carminativa, purgante, sedativa, antimalárica, anti-séptica, tópica, emoliente, estimulante, vulnerária, antiulcerosa, antiinflamatória, anti-helmíntica, antitumoral, antipalúdica, antiulcerosa, antifúngica, anticancerígena, amebicida, parasiticida, purgante, sedativa, vermífuga (Ascaris, Oxyurus), vulnerária. 
Superdosagem: em doses elevadas é muito tóxica, é venenosa, podendo causar a morte; efeito tóxico por acumulação, o ascaridol  em doses elevadas, pode provocar irritação na pele, dores de cabeça, taquicardia, prostração, danos no rins e no fígado, colapso circulatório e até a morte por parada cardíaca.
Efeitos colaterais: o óleo essencial da planta pode causar náuseas, vômitos, depressão no sistema nervoso, lesões hepáticas, surdez, transtornos visuais, problemas cardíacos, e respiratórios,
Contra indicações: para crianças de 2 anos, é abortiva, seu uso interno deve ser orientado por profissionais.
Precauções:  a ingestão do infuso por mulheres grávidas pode causar o aborto.   
Interações:   associada ao óleo de rícino para auxiliar na expulsão dos vermes e parasitas.
Indicações:  afugentar as pulgas e os percevejos domésticos, angina, asmas, fortificante dos pulmões, aumentar a transpiração, laringites, contra tênias, tuberculose, bronquite, cãimbras, catarro bronquial, cicatrização, circulação, contusões, estômago, fraturas, fungos de solo, gripe, hemorragia interna, hemorróidas, infecção pulmonar, laringites, má circulação, parasitas do intestino em geral (ascárides, nemátodos, oxiúrus), pé de atleta, picada de insetos, tosse, tuberculose, varizes, vias respiratórias.

ERVA DE BICHO


ERVA-DE-BICHO 
(Poligonum sp.)
Parte utilizada: parte aérea, toda a planta  
Princípios ativos: flavonóides (quercitina, persicarina, persicariol, compostos fenólicos, iso-hametina e luteolina), antocianinas, taninos, ácidos (fórmico, acético, valeriano, gálico, butírico e acético), fitosterina, açúcares, antraquinonas livres, saponinas, perlagonidina.
Propriedades: estimulante, tônica, adstringente, vasoconstritora, hemostática, diurética, sedativa, antiinflamatória, anti-reumática, antitérmica, vermicida, anti-hemorroidal.
Superdosagem: evitar doses acima das recomendadas.
Efeitos colaterais: apresenta efeito emenagogo e abortivo. 
Contra indicações: para crianças e gestantes (é abortiva) e durante a menstruação.
Precauções: crianças e gestante não devem fazer uso.    
Interações: associada à aroeira para ulceração nas pernas. 
Indicações:  contra úlceras, febres, retenção urinária, contra úlcera, diarréias sanguíneas, congestões cerebrais, hemorróidas, reumatismo, erisipela, artrite (uso externo), hemorragias internas, varizes e varicosas, afecções urinárias, fibromas uterinos, raciocínio dificultado.

ERVA CIDREIRA DE ARBUSTO


ERVA CIDREIRA DE ARBUSTO 
(Lippia Alba)
Parte utilizada: folhas  
Princípios ativos: óleo essencial (geranial, neral, cariofileno, citronelol, geraniol), as folhas contém alcalóides e flavonóides, ácido valeriânico, sesquiterpenos. 
Propriedades: antiespasmódico, estomáquico, carminativo, calmante, digestivo, aromática, diurética, tonificante, antiinflamatíria, sedativa, antinevrálgica, estimulante neuro-endócrino, antilitíase, adstringente, cicatrizante, galactagogo, expectorante e antireumático.  
Superdosagem: doses elevadas podem causar irritação gástrica, bradicardia e hipotensão.  A toxicidade aguda oral (DL50) do óleo, é maior que 5 g/Kg de peso corporal.    
Efeitos colaterais: o uso prolongado em doses elevadas via oral pode produzir irritação gástrica. 
Precauções: evitar utilizar elevadas por um longo período de tempo, não se recomenda o uso por hipotensos (pressão baixa).   
Interações: pode ser combinada como calmante com anis (Pimpinella anisum), melissa (Melissa officinalis) e camomila (Matricaria chamomilla) e com funcho (Foeniculum vulgare) e hipérico (Hypericum perfolatum L.)
Indicações: náuseas, indigestão, flatulência; o óleo é usado em perfumaria, tônico, calmante digestivo, combate a insônia e a asma.. 

ERVA CIDREIRA







ERVA CIDREIRA (Melissa officinalis L.)
Parte utilizada: folhas e sumidades floridas; planta melífera.
Princípios ativos: ácidos rosmarínico, caféico e clorogênico; sesquiterpênicos, taninos, glicosídeos flavônicos, matérias resinosas, óleo essencial contendo (citral, citronelol, linalol, geraniol, pineno, limoneno).
Propriedades: diurética, sedativa, estomáquica, antiespasmódica, carminativa, colerética, eupéptica, tônica, antiinflamatória, hipotensora, calmante, digestiva, antinevrálgica.  2g da essência provoca entorpecimento, perda da respiração e diminuição do ritmo cardíaco e arterial.   
Efeitos colaterais: a essência pode causar diminuição da pulsação e entorpecimento. 
Contra indicações: evitar o uso em casos de hipersensibilidade. 
Precauções: sua essência é ligeiramente tóxica, podendo mesmo em pequenas doses causar entorpecimentos e diminuição da pulsação.  
Interações: pode ter o efeito sedativo potencializado pelos hipnóticos (pentobarbital); nos casos de distúrbios digestivos, pode ser combinado com camomila (Matricaria chamomilla) e lúpulo (Humulus lupulus); para o estresse e tensão nervosa pode-se combinar com lavanda (Lavandula officinalis). 
Indicações: contra insônia, problemas nervosos, tratamento de feridas, nevralgias (faciais, dentárias), crises nervosas, taquicardia nervosa, melancolia, histeria, depressão, espasmos, indigestão, gases, enjôos, perturbações gástricas, problemas hepáticos e biliares, má circulação, externamente: estimulante cutâneo, picada de insetos, as compressas de suas folhas nos seios de quem está amamentando evita o entupimento mamário.

DENTE-DE-LEÃO


DENTE-DE-LEÃO (Taraxacum officinale)
Parte utilizada: toda a planta, folha e raiz.  
Princípios ativos: glicosídeo (taraxacosídeo), princípio amargo (taraxicina), lactupicrina, taraxecol, colina, levulina, inulina, pectina, esteróis,  flavonóides, ácido caféico e cítrico, resinas, ácidos graxos, aminoácidos, saponinas, taninos, minerais (ferro, potássio, zinco), rizomas e vitaminas (A, B1, C, PP, D). 
Propriedades: estimulante digestivo, colagogo, colerético, depurativo, diurético, tônico, anti-reumático, hipoglicemiante, aperiente, febrífugo, laxante suave, 
Superdosagem: os talos frescos, se ingeridos em grande quantidade por crianças, pode causar um quadro de intoxicação, irritação do trato gastrintestinal.
Efeitos colaterais: podem ocorrer dermatites de contato devido às lactonas sesquiterpênicas. 
Contra indicações: em caso de oclusão do ducto biliar.
Precauções: utilizar sempre nas doses recomendadas.   
Interações: para problemas hepatobiliares pode ser associada à Berbéris (Berberis vulgaris) e para retenção de líquidos com milefólium (Achillea millefolium).
Indicações: combate o colesterol, auxilia nos problemas de fígado, diarréia crônica, estimular a secreção do suco gástrico,, predisposição à litíase biliar, oligúria, problemas hepáticos, cirrose, icterícia, desordens hepatobiliares, coadjuvante no tratamento da obesidade, dermatoses, hipoacidez gástrica, dispepsia e desordens reumáticas.

FARMÁCIA VIVA - PARTE IV

O bom aproveitamento dos princípios ativos de uma planta depende de seu correto preparo.  A forma de preparo e o uso mais adequado de cada planta dependem, por sua vez, da parte da planta a ser usada, do tipo de princípio ativo a ser extraído e da doença ou sintoma a ser tratado.
As ervas podem ser empregadas para combater inúmeros problemas, mas há algumas indicações básicas para o seu bom uso.
Antes de mais nada, é preciso verificar se elas estão com mofo, pois, como todos os seres vivos, elas são formadas principalmente de água, o que aumenta as chances de criarem mofo quando armazenadas. Neste caso, devem ser desprezadas.
Por isso, deve-se evitar armazená-las em locais úmidos. Para conservar as ervas sem riscos, devem ser guardadas em recipientes de vidro, lata ou porcelana, e nunca em recipientes de plástico, separando-se as raízes, cascas e sementes das flores e folhas. 
A regra geral para a proporção de água e ervas é a seguinte:
  • Para cada litro de água, quatro colheres das de sopa de erva fresca ou duas colheres de erva seca.
A dosagem recomendada pode ser:
  • Adultos devem tomar quatro a cinco xícaras de preparação por dia;
  • Jovens, de três a quatro xícaras;
  • Crianças de dois a dez anos, duas xícaras;
  • Crianças de um a dois anos, de meia a uma xícara.
  • Para gargarejos, inalações, compressas e usos externos em geral, o chá deve ser mais forte.
Quanto ao preparo:
  • Os chás devem, de preferência, ser preparados em utensílios de barro, louça, vidro refratário, vasilha esmaltada ou de cobre.
  • Evitar recipiente de alumínio porque o alumínio é tóxico
Horários para uso dos diferentes tipos de chás:
Os horários que os preparados fitoterápicos são ingeridos determinam a obtenção dos efeitos desejados; observar os horários:
            a) Desjejum ou café da manhã: Tomam-se os laxativos, depurativos, diuréticos e vermífugos.
            b) Duas horas antes e depois das refeições principais: Tomam-se as preparações anti-reumáticas, hepatoprotetoras, neurotônicas, béquicas e antitérmicas.
            c) Meia hora antes e depois das principais refeições: Preparações tônicas e antiácidas.
            d) Depois das refeições principais: Preparações digestivas e contra gases.
            e) Antes de se deitar: Todos os preparos protetores do fígado e laxativos.
Devemos estar sempre atentos para as regras básicas de identificação e produção das plantas medicinais para a eficácia de sua utilização.